Chapoutier
um nome maior do Rhône
A história da Chapoutier remonta ao início do século XIX. A família está ligada à vinha na região do Rhône desde 1808, mas foi em 1897 que surgiu o que viria a ser o núcleo do que hoje conhecemos como Maison M. Chapoutier.
Situada em Tain‑l’Hermitage, no vale do Rhône, a casa construiu ao longo das décadas uma reputação sólida, sob o comando de Michel Chapoutier desde 1990, altura em que a marca adoptou práticas de viticultura biodinâmica, acreditando que a qualidade do solo e o ritmo natural da vinha são essenciais para expressar a verdadeira identidade de cada parcela.
Houve recentemente uma apresentação do portfolio em Lisboa, na qual estive presente a convite da Luxury Drinks, da qual partilho algumas notas de prova, onde foi possível provar expressões diferentes da casta Marsanne (Crozes-Hermitage, Saint-Joseph e Hermitage), bem como tintos de diferentes partes da região e com diferentes lotes (Crozes-Hermitage, Saint-Joseph, Châteauneuf-du-Pape e Hermitage).
Petite Ruche 2023 branco
Um branco de Crozes Hermitage, um monocasta Marsanne, sem fermentação malolática e com 10% do lote a estagiar em madeira. Aromático, com Fruta branca de caroço, alguma expressão floral e cítrica, sente-se a sua força alcoólica, branco com boa acidez, leve expressão mineral, levemente rústico, um vinho com bom volume de boca, leve carácter vegetal, expressivo, muito persistente. Nota: 17
Les Granilites 2022 branco
Um branco de Saint-Joseph, um monocasta Marsanne com 80% do lote a estagiar 10 meses em barricas de 600 litros (10% nova). Aromático, fruta branca de caroço, um carácter mais especiado, mais ligeiro, com acidez mais vincada. Nota: 16,5
Chante-Alouette 2021 branco
Um branco de Hermitage, um monocasta Marsanne com 80% do lote a estagiar 10 meses em barrica (80% nova), um vinho de aroma mais contido, com expressão mais mineral, leve carácter amanteigado, nota especiada de barrica, um branco expressivo, com mais cremosidade, volume e persistência, barrica presente, maior expressão mineral e boa persistência. Nota: 18
La Petite Ruche 2023 tinto
Um tinto de Crozes-Hermitage, um monocasta Syrah com vinificação em cimento, com 10 a 15% de engaço, sem qualquer estágio em barrica. Cor de intensidade média, ligeiramente aberta, um tinto aromático, com carácter resinoso, resina de pinheiro, especiado, fruta vermelha, um vinho bem seco, com carácter especiado bem evidente, madeira presente em fundo, tanino firme, boa acidez, boa frescura, um estilo de extração controlada, a explorar o lado mais elegante. Relativamente simples, fácil de se beber, ainda jovem. Nota: 16,5
Les Granilites 2022 tinto
Um monocasta Syrah mas de Saint-Joseph, com fermentação em cimento seguida de estágio parcial (80%) de 14 a 16 meses em barricas (10% novas) de 228 e 600 litros. Cor rubi de intensidade média, aroma de expressão mais química, mais austero, um estilo mais mineral e fresco, embora com bom volume de boca e alguma sensação alcoólica, mais denso, um pouco mais de extração e leve rusticidade, muita persistência. Nota: 17
Monier de la Sizeranne 2020 tinto
Monocasta Syrah de Hermitage, de três parcelas (Le Méal, Les Greffieux e Les Bessards), um vinho de aroma elegante, fino, leve carácter redutivo e especiado, um estilo mais poderoso, seco e com bom volume de boca, de tanino fino, boa acidez e um grande equilíbrio e persistência, barrica presente em fundo, muito persistente, sensação mineral presente. Nota: 18
La Bernadine 2022 tinto
Um lote de Grenache (80%) e Syrah (20%), de Châteauneuf-du-Pape, com vinificação em cimento, um perfil bem distinto dos anteriores, com mais álcool, menos tanino e menos acidez, um vinho de cor rubi de intensidade média, aroma fresco, com ligeira nota de acidez volátil, contido no carácter frutado, fruta vermelha, cereja, volumoso, álcool evidente, boa persistência. Nota: 17,5



