Entre apreciadores de Porto, há sempre os que preferem os Tawny e os que preferem os Ruby, isto sem qualquer desprimor pelas outras famílias de Vinho do Porto. Eu admito que não sou fundamentalista, gosto dos dois, em diferentes momentos.
E quando se fala de Porto Ruby, normalmente a conversa é sobre o Vintage, a mais elevada categoria desta família de Vinho do Porto, aqueles que só são lançados nos melhores anos, quando o vinho é de excelência, muitos deles icónicos.
Contudo, e felizmente, há outras categorias, e algumas também com bastante qualidade e mais acessíveis ao consumidor, como é o caso dos Late Bottled Vintage (LBV). Em termos qualitativos, um LBV pode não ter a exigência de um Vintage, claro, não é por acaso que existem as duas categorias.
O LBV é um estilo de Porto Ruby um pouco menos concentrado que o Vintage, normalmente com menos tanino, um pouco mais moderado na acidez, vinhos que são feitos para que estejam prontos a beber mais cedo que o Vintage. Não me vou alongar sobre o tema de guardar ou de consumir jovem, peço que leiam os seguintes artigos:
Aproveito para partilhar a nota de prova sobre o Borges 2019 Porto LBV.
Um vinho aromático, com notas de fruta preta, algum chocolate e apontamentos florais. Em boca, a doçura é evidente (110g/litro), um vinho expressivo, intenso na nota de chocolate, tem um bom nível de concentração, com tanino presente, um pouco rústico. Um LBV de qualidade. Nota: 17,5